Perseguindo um sonho: como entrei para o mundo do Marketing Digital

Hoje resolvi compartilhar como alcancei um objetivo que considero um divisor de águas na minha carreira

Thales Paulo
Marketing Hackers

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Mês passado completei 13 meses no time da Rock Content, na área de vendas. Acabei de tirar minhas primeiras férias, Entrei de férias na metade do mês passado, mas já estava com 216% da meta batida.

Pode não parecer muita coisa, mas é muito relevante para um cara de Contagem (para quem não conhece, Contagem fica na região metropolitana de Belo Horizonte) com apenas o ensino médio completo, estudante de escola pública, e sem nunca ter trabalhado com vendas e marketing.

Além disso, eu não cumpria um dos requisitos da empresa — o inglês — , e mesmo assim consegui entrar para o melhor time de Inside Sales do Brasil, na maior empresa de Marketing de Conteúdo da América Latina!

Entrei trabalhando para um cara que admiro muito e se tornou um grande mentor, @Matt Doyon, também conhecido como “O Gringo”.

Como eu consegui isso? Vou contar neste post, mas já adianto o resumo…

Fé, persistência e OPORTUNIDADE.

Tudo começou quando fiquei desempregado em 2016. Foi uma fase bem difícil, pois acabei me endividando e a situação financeira lá em casa ficou bastante apertada.

Um certo dia, após muito pesquisar na internet, meu irmão me apresentou uma ideia, que ele havia descoberto na internet, chamado “marketing digital”. Ao ver aquilo, começamos a pesquisar e estudar isso dia e noite. O tal do marketing digital parecia ser a oportunidade que eu buscava para colocar minha carreira nos trilhos.

Como eu tinha mais tempo livre por estar desempregado, comecei a fazer cursos diversos e virar noites aprendendo sobre esse tal Marketing Digital. Foi uma fase extraordinária, de muitos aprendizados. Depois de muito pesquisar, descobri que aquilo me deixava extasiado.

Lembro que minha mãe chegava em casa e dizia: “Vai trabalhar meu filho! Ficar na frente do computador o dia inteiro não vai pagar as contas!”.

Mal sabia ela que dali, futuramente, sairia o nosso sustento ;)

Vendo vários e vários vídeos sobre Marketing Digital, me deparei com um vídeo do Peçanha e foi ali que eu conheci a Rock Content.

Como eu estava fascinado com o Marketing Digital e queria aprender mais sobre esse assunto, procurei aprender com os melhores. Como a Rock é a maior empresa da América Latina no segmento, era lá que eu queria estar.

Olhei as vagas da empresa no site. Porém, ali havia um obstáculo. Todas as vagas tinham o requisito de ter curso superior e inglês fluente. Além disso, eram também exigidos outros cursos e certificações. Pensei comigo: “vou fazer o que está ao meu alcance”. Mal sabia eu que era essa uma das frases favoritas do @Ed, CEO da Rock:

Faça o que você pode, com o que você tem, onde você está.”

Encontrei a Universidade Rock Content e em pouco tempo já estava certificado no curso de marketing de conteúdo.

Minha vontade de aprender e ter uma profissão era tão grande, mas, infelizmente, eu não preenchia os requisitos para ser contratado. Por isso me ofereci para ser voluntário na Rock. Afinal, eu só queria estar lá dentro e ver aquela máquina funcionando e, é claro, aprendendo muito…

Em setembro/2016 enviei um email para o RH contanto um pouco da minha história e me oferecendo para ser voluntário. Por incrível que pareça eles responderam!

Conversei com a Flávia e o Renato Mesquita que me receberam no escritório e pacientemente me ouviram e me encaminharam para o Diego Gomes (esse é o cara).

Diego que, mesmo sabendo que eu não poderia retribuir em nada, fez de tudo para me ajudar.

O cara que é um dos fundadores da Rock, do 12min, entre outras mil coisas que esse cara faz… rsrs… O cara é um gênio.

Ele conversava comigo como se eu fosse um amigo chegado de longas datas, com uma humildade e educação que jamais vi. Ele sabia que eu queria muito entrar e também deu o sangue para me ajudar.

O primeiro entrave foi burocrático. Descobrimos que a lei brasileira era bem rigorosa com questões relacionadas a trabalho voluntário em empresas privadas. Aquele foi um balde de água fria, e mesmo depois de muitas conversas e tarefas na qual ele me incentivava e tentava abrir uma brecha para mim, parecia que o sonho estava indo por água abaixo.

Foi quando eu mandei um email gigante para o time, veja o print abaixo, cortesia do Diego, que desenterrou o email. De brinde, vejam a resposta dele também:

Se você ficou com preguiça de ler tudo acima, aqui vai um resumo:

Cara, sei que estou sendo insistente e chato, mas acredito que é a oportunidade da minha vida, de mudar o rumo dela, te peço essa ajuda ou desisto e arrumo um emprego qualquer para pagar as dívidas e viver uma vida “normal”.

E uma vez que entramos em contato, ele mandou a seguinte resposta:

Fizemos uma call e foi bem legal. Fechamos o papo com a seguinte frase:

Thales, Quero te ajudar. Vamos achar uma coisa legal pra fazermos juntos.

Aquilo me marcou, pois o cara tratou da minha situação como se fosse uma causa dele, levou para dentro da Rock e lutou para me colocar lá dentro.

Lembro quando ele me desafiou a ir pra vendas e forçar o inglês em uma entrevista com o Matt. Confesso que acabei conversando com ele pelo chat do Skype, com a ajuda do Google tradutor ;)

Depois da conversa com o Matt e de o Dieguinho “fritá-lo” ele com essa ideia, era minha vez de fazer o mesmo e seguir persistente. Apesar de a Rock não ter uma vaga para mim, eu insisti tanto com o Matt, que ele me encaminhou para o famoso @Tiago Aspira, outro cara de Contagem.

Na época ele era o cara de treinamento da Rock (hoje Head de vendas na Conta Azul), e aquele email tinha as seguintes palavras:

I am copying a guy named Thales on this email — he knows Diego a little.

Thales does not speak English so I told him repeatedly that he cannot apply for a sales role with us, but he is very persistent. He is a fellow Contagenista so can you schedule a time to talk to him to see if he would be successful in either a sales role?

Abs,

O que mais me chamou atenção foram essas palavras: “I told him repeatedly that he cannot apply for a sales role with us, but he is very persistent.”

Então, conversei com o Tiago, fizemos ali incansáveis simulações de vendas e ele me deu seu ok! O Tiago me encaminhou para o RH e o que faltava agora era a última entrevista com o Edmar Ferreira, CEO da Rock.

Fiz a entrevista e, em uma bela segunda-feira, a Flávia Vallory (com quem eu tive o primeiro contato com a Rock quando enviei o email pedindo para ser voluntário 4 meses antes), me ligou para me dizer que eu fui aprovado e que eu estava contratado, pela minha persistência e força de vontade, apesar do meu inglês ainda não estar fantástico.

Não resisti e comecei a chorar ali mesmo, me lembro que ela foi falando que ainda eles iriam investir em um curso de inglês pra mim. Não consegui me conter, eu apenas estava procurando aprender e fui agraciado por muito mais que eu imaginei.

E ainda está só começando…

É isso mesmo, se passou apenas um ano. Meu inglês já melhorou bastante e sigo me esforçando para melhorar.

Não contei todos os detalhes neste texto, pois ficaria muito extenso. Mas nesse um ano de Rock, agradeço a Deus que colocou essas pessoas maravilhosas que eu citei em meu caminho que não olharam o que eles poderiam receber em troca, apenas se disponibilizaram em ajudar e me dar essa oportunidade. Também não consigo descrever os aprendizados que tive. Hoje faço parte de um time incrível e aprendo uma coisa nova todos os dias.

Treze meses depois, só posso dizer que eu amo essa empresa, amo essas pessoas e isso aqui realmente mudou a minha vida e da minha família para sempre.

O maior investimento que podemos fazer, é em pessoas.”

“Ninguém é tão inteligente que não possa aprender, nem tão ignorante que não possa ensinar.”

“É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou {Is 64,4}, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”

1 Coríntios 2:9

Para finalizar, uma última coisa:

Se você tem um sonho, não desista. Persista, rale e confie, que a coisa dá certo!

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