Bitcoin Marketing: como criptomoedas e Blockchain crescem negócios?
Automação de marketing, venture capital, vendas e mais. Conheça 7 hacks interessantes desse universo (e como ganhar com eles).
Você muito provavelmente já ouviu falar sobre Bitcoin, Blockchain e criptomoedas, direta ou indiretamente. Afinal, o Bitcoin já figura como o melhor investimento do ano por duas vezes seguidas, o que desperta muita atenção.
Bitcoins (assim como as outras moedas digitais) são ativos que circulam na internet sustentados pela tecnologia da Blockchain, que permite que esse processo funcione automaticamente sem uma autoridade central.
Mas vamos além disso. Se você quer crescer o seu negócio, o Bitcoin é uma peça importante de um grande quebra-cabeças.
Na verdade, a descentralização dos negócios que ele proporciona é que desperta a atenção de marketeiros do mundo todo. E isso também inclui grandes empresas, como Microsoft, Nasdaq, Oracle e muitas outras.
Portanto, se você é do time das pessoas que ainda estão se informando sobre o assunto, a intenção deste post é mostrar como outros negócios estão ganhando tração. O potencial é multibilionário. Você quer mesmo atrasar a largada nessa tendência?
Então, este artigo pretende mostrar soluções e negócios que já funcionam, e que você também pode fazer!
Garanto que, se você é um profissional de Marketing e Growth Hacking, vai ficar de queixo caído com as possibilidades que a descentralização permite. Confira:
Ainda não sei o que é Bitcoin, Blockchain e Criptomoeda
Não tem problema. Vamos dar uma pincelada nesse assunto agora mesmo.
Mas se você quer uma explicação detalhada, feita para qualquer profissional de marketing entender (sem cálculos ou gráficos), pode aprender neste post do blog Marketing de Conteúdo.
Então, vamos lá. Criptomoedas, como o Bitcoin, são ativos totalmente digitais — que não existem fora de internet — e que têm várias funcionalidades. Esses ativos têm um comportamento muito semelhante ao do dinheiro em termos econômicos, mas podem ir muito além.
Basicamente, uma criptomoeda possui um protocolo que funciona da seguinte forma:
- Dinheiro digital P2P: criptomoedas são aceitas como meio de troca, possuem um valor de compra e venda e servem como unidade de contagem. Mas ao invés de ser gerido por instituições como bancos e autoridades reguladoras, as transações são feitas de pessoa para pessoa, sem um intermediário.
- Descentralizado: para fazer esse sistema P2P funcionar, é preciso uma rede distribuída, sustentada por milhões de usuários ao redor do mundo que são remunerados em troca do processamento de todos esses dados. Esses usuários são chamados de mineradores.
- Taxa de emissão programada: A emissão de novas criptomoedas é estabelecida em seu protocolo. Logo, sua taxa de entrada no mercado é totalmente previsível e isso funciona como um ótimo escudo contra a inflação.
- Registros abertos criptografados (Blockchain): Toda criptomoeda possui uma blockchain, que representa o histórico de todas as transações. Esse “livro de registros” é totalmente aberto e todas as pessoas podem acessá-lo, desde o início. No entanto, todas as transações são criptografadas, e só é possível obter detalhes sobre aquelas que são realizadas por você, por meio de um mecanismo de chave e fechadura.
Quais criptomoedas são mais utilizadas no Growth das empresas hoje?
Duas delas detêm a maior fatia do mercado, também têm as comunidades mais ativas, propondo inovações e dando feedbacks valiosos. Conheça-as:
Bitcoin
- Market cap de US$27 bilhões.
- Em funcionamento desde 2009 sem hacks no protocolo.
- Utilizado como meio de trocas e ativo de investimento.
- Protocolo majoritariamente em C++.
Ethereum
- Market cap de US$8 bilhões.
- Governança um pouco mais centralizada.
- Utilizado para contratos inteligentes.
- Protocolo em C++, Go e Rust.
Agora que você já tem uma base, é hora de descobrirmos como tudo isso se transforma em Marketing. A seguir, vou listar 7 formas de como as empresas estão usando criptomoedas e Blockchain para fazer seus negócios crescerem. Confira:
1. Softwares, integrações e APIs
Hoje, é possível criar suas próprias aplicações nas redes do Bitcoin e do Ethereum usando as principais linguagens de programação do mercado.
Ambas as criptomoedas possuem APIs em JavaScript, Python, Ruby, PHP, C#, C++, entre outras. Com essa variedade tão grande, criar um produto ou sistema de gestão com esteroides usando dinheiro digital é absolutamente viável.
Se estamos falando de integração e APIs, isso se torna um curinga para qualquer tipo de aplicação. Você não precisa se limitar a criar algo na área de finanças, tipo um processador de pagamento ou um software de carteira.
Essas integrações são aplicáveis em eCommerces, blogs, publicidade, games, entre outros. Quer conhecer algumas APIs interessantes? Confira a seguir:
2. Gestão de conversões, contratos, autenticação e registro
Já dissemos que uma blockchain serve para armazenar registros de transações (pagamentos e recebimentos) de maneira privativa e segura, correto?
Porém, além disso, mais do que simples dados de transações podem ser armazenados ali. No caso da Rede Bitcoin, por exemplo, é possível enviar para a Blockchain mensagens e arquivos como imagens, áudio e texto. Ou seja, é uma maneira inteligente e barata de armazenar dados seguramente na nuvem.
Com o poder das blockchains, as empresas estão criando sistemas de autenticação, registros e assinaturas na web. Aliás, têm alguns exemplos no fim desse capítulo que você vai querer conferir.
Agora, imagine que além de somente armazenar arquivos e dados, você possa criar um software que interaja com a Blockchain. Muito além de subir alguns arquivos para a rede, você pode programar todo o funcionamento de um sistema e integrá-lo ao regime de pagamentos com criptomoedas.
Achou interessante? Nesse caso, a Rede Ethereum é a mais especializada. A sua blockchain, além de armazenar registros, permite a criação de rotinas de código que vão gerenciar o funcionamento desses dados.
Assim, é possível aplicar a ela uma lógica de cláusulas contratuais no formato de código. Esse código também programa o regime de pagamentos envolvido no contrato, é claro, usando ethereum como moeda. Tudo isso conforme o desejo das partes envolvidas, que assinam digitalmente esse acordo — são os Smart Contracts.
Será mesmo que ter contratos programáveis e com prova de autenticidade é mesmo uma ideia distante? Saiba que já existe um serviço brasileiro de autenticação e registro na blockchain, o OriginalMy.
E uma dezena de serviços internacionais: 2WAY.io, GuardTime e BitNation são alguns deles.
3. Venture Capital, governança e tomada de decisão
Esse é um dos segmentos mais interessantes dos negócios com criptomoedas, com um enorme potencial inexplorado.
Hoje, usando essa tecnologia, é possível vender uma parte da sua empresa em troca de tokens de moedas digitais, como se fossem ações. Ou seja, você cria uma oferta inicial cujos tokens são indexados a uma criptomoeda específica, como o Bitcoin ou o Ethereum.
As empresas, podem, inclusive, programar smart contracts que gerenciam e garantem o bom funcionamento desse fluxo de capital. Dessa forma, pode-se até mesmo determinar o poder de decisão dos acionistas na governança da empresa nesses contratos, basta comprar os tokens.
Já imaginou quantos custos isso pode reduzir para empresas que querem abrir o próprio capital? Além de ser uma forma segura e barata de descentralizar as decisões, possibilitando uma democracia de 51% em modelos de negócios privados e públicos.
Paralelamente, quando alguma empresa lançar a própria criptomoeda, esse processo de arrecadação é chamado de ICO — Initial Coin Offering — tal qual os IPOs em bolsas de valores.
Se você gostou dessa ideia, mas tem muita insegurança sobre como esses mercados vão se comportar no futuro, existem ainda mais soluções. Uma delas é fazer testes com pessoas reais através de apostas no mercado futuro (prediction markets) usando criptomoedas — como o Augur.
Quer ver de perto isso tudo funcionando? Conheça alguns token sales, crowdsales e ICOs interessantes rolando aqui!
4. Produção de Conteúdo e E-mail Marketing
Serviços de e-mail já podem ser utilizados de maneira descentralizada e encriptada. Soluções como o Lemon.email e empresas como a CoinPoint estão prontas para integrar a sua nutrição de leads à Blockchain.
Mas se você quer conhecer quais soluções essa tecnologia oferece para os blogs, a coisa fica ainda melhor.
Blogs e criação de conteúdo também podem ser automatizados e descentralizados, funcionando autonomamente. Um excelente exemplo é a Backfeed Magazine, onde posts podem ser enviados e remunerados em bitcoins pelos leitores, selecionando organicamente os melhores conteúdos.
E também tem espaço nesse mercado para a contratação de freelancers. Do design à redação e ao desenvolvimento web, freelas podem emitir boletos bancários e ordens de pagamento, convertendo automaticamente esse pagamento em bitcoins usando o BitWage.
5. eCommerce
Se você é um vendedor ou comprador assíduo pela web, saiba que diversas lojas oferecem descontos para pagamentos usando bitcoins ou outras criptomoedas.
Afinal, taxas de transação de criptomoedas são muito mais baratas do que fees de cartão de crédito e débito. Assim, vendedores podem embolsar essa diferença de custo ou oferecer descontos para os clientes que pagam com com Bitcoin, por exemplo — assim como faz o Gyft.
E caso a sua intenção seja aceitar pagamentos em dinheiro digital, não se preocupe, é muito fácil.
Praticamente todos os CMSs e plataformas de eCommerce possuem integrações com pagamentos em criptomoedas. Já existem add-ons e plugins gratuitos para WordPress, WooCommerce, Shopify, Magento, entre outros.
Ah, e se você é realmente fã de eCommerce, não deixe de conhecer um negócio fantástico: o OpenBazaar, onde você pode comprar de tudo usando bitcoins.
6. Marketing de Afiliados
Várias empresas vão querer te pagar por referrals (banners, blog posts, tweets, posts no facebook ou qualquer outro tipo de link).
Assim, toda vez que, vindo de um referral link no seu blog, um usuário gastar dinheiro, você é remunerado em bitcoins.
E, se você quer criar um negócio totalmente integrado com criptomoedas, é mais fácil ainda. Veja quantas empresas estão dispostas a te pagar por referrals em cripto:
Local Bitcoins, CoinBase, CoinMama, CEX.io, CoinAd, Paxful, entre outros.
7. Pay-per-click e pay-per-read
O pay-per-read nunca foi algo muito aceito na blogosfera, afinal conteúdos web são corriqueiros e a maioria das pessoas não espera mais do que um formulário de conversão para acessar um material.
Contudo, o foco aqui não é a geração de renda, mas proteger o seu blog de ataques de Denial Of Service por força bruta.
A coisa funciona mais ou menos da seguinte forma: criptomoedas são divisíveis em frações tão pequenas que valem menos de um centavo.Em outras palavras, visitante nenhum vai se importar em pagar essa quantia para acessar um conteúdo seguro.
Contudo, se bots andam visitando o seu blog milhões de vezes sucessivas, essa conta vai ficar muito alta, protegendo o seu domínio desse tipo de ataque.
Por fim, no caso do pay-per-click, são os tradicionais anúncios pagos, porém com moedas digitais.
Se você está cansado da falta de privacidade e das burocracias do Facebook Ads e do Google Adwords, os serviços a seguir podem te agradar muito. São eles:
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